Retomada da unidade de Araucária

Petrobras retoma produção de Arla 32 na fábrica da Ansa, no Paraná

Primeiro lote do aditivo para diesel marca reativação parcial da Ansa, no Paraná, hibernada desde 2020

William França, diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, durante coletiva de imprensa do Plano Estratégico 2024/28, em 24 de novembro de 2023 (Foto Agência Petrobras)
Diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, durante coletiva de imprensa do Plano Estratégico 2024/28 (Foto Agência Petrobras)

A Petrobras voltou a operar parcialmente a fábrica de fertilizantes da Araucária Nitrogenados (Ansa), no Paraná, ao concluir nesta semana os primeiros testes de produção de Arla 32 — aditivo usado para reduzir emissões de veículos a diesel.

A planta estava inativa desde 2020 e teve a retomada aprovada pela estatal em junho de 2024.

O lote inicial foi produzido com ureia fornecida pela multinacional Yara, conforme acordo firmado entre as duas empresas no fim do ano passado. O produto ainda passa por análises em laboratório para verificação de especificações técnicas. Segundo a Petrobras, a produção seguirá sob demanda.

A fabricação do Arla 32 marca a retomada da produção nacional do aditivo pela estatal, que desde o fechamento da Ansa havia deixado de produzir o insumo. O processo ocorre em paralelo à preparação da planta para retomar a operação plena, prevista para o segundo semestre deste ano.

A unidade de Araucária está em fase final de manutenção e deve voltar a produzir amônia e ureia industrial em larga escala. A planta tem capacidade para fabricar até 450 mil m3 por ano ano de Arla 32, além de 475 mil toneladas/ano de amônia e 720 mil toneladas/ano de ureia — o equivalente a cerca de 8% da demanda nacional, afirmou a estatal.

O Arla 32 é uma solução de ureia e água desmineralizada usada para reduzir as emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) por veículos movidos a diesel. O uso do aditivo é exigido por lei em veículos pesados no país.

A Petrobras estima investir R$ 870 milhões na reativação da Ansa, como parte de um plano mais amplo de R$ 6 bilhões voltados ao setor de fertilizantes até 2029, .

A petroleira vê o segmento como estratégico para ampliar o uso do gás natural e reduzir a dependência da importação de fertilizantes nitrogenados.

“O setor de fertilizantes tem importância estratégica para a Petrobras. Estamos retomando os investimentos nesse segmento, a partir de estudos de viabilidade técnica e econômica, com o objetivo de ampliar nosso mercado de gás e contribuir para a redução da dependência da importação de fertilizantes no Brasil”, disse o diretor de Processos Industriais da Petrobras, William França, em nota (veja na íntegra).

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